segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Hoje celebramos, o Dia Mundial da Cultura Hip-Hop (Leia o Texto)



Sup pessoal, hoje, dia 12 de novembro, é nada mais, nada menos que o dia mundial do hip-hop. Esse movimento cultural, que nasceu nos guetos de Nova York, comemora 38 anos. Em Angola as festividades serão realizadas na provícia de Benguela no Retail Parque na cidade do Lobito, no dia 17 de Novembro. O evento é uma conexão com o movimento de hiphoppers local e a Universidade de Hip-Hop de Angola e terá o seu início das 14 às 21 horas.


Sobre o dia

Em 11 de agosto de 1973, no Bronx em Nova Iorque, aconteceu uma festa de aniversário. Mas não foi uma festa qualquer, trata-se da que muitos consideram ter sido a manifestação original do que ficou conhecido como Hip Hop, uma block-party.

 Origem 
A origem da palavra Hip Hop é incerta. Muitos relacionam com antigas gírias das periferias da costa leste dos EUA. Mas a raiz de seus costumes pode ser amplamente estudada e conhecida. Kool Herc, que carrega o título de pai desta cultura, foi um imigrante jamaicano, e trouxe consigo diversos elementos da cultura Sound System. 
Outros ritmos da música negra daquela época, como o soul, também foram extremamente importantes para seu início. A cultura negra é sua origem, seja com o resgate da percussão tão comum às manifestações culturais africanas, proibida por um período naquele país, ou com o MC como fio de continuidade dos griots, mestres da oralidade. Por isso o Hip Hop é parte da cultura negra. 

Os elementos:
 Seus quatro elementos originais são o DJing, Breaking, Graffitti e MCing. 

 O Djing é a arte de utilizar a tecnologia para criar bases musicais. Nesse elemento, representado por DJ’s, está muito presente o lado dessa cultura como parte da era da reprodutibilidade técnica. Originalmente reciclando canções gravadas, DJ’s criam bases para músicas e animam eventos. 

 O Breaking é a expressão corporal através da dança, que pode tomar diversas formas com uma série de nomes. No Brasil, mescla-se com elementos da capoeira. Através da dança, o Hip Hop trabalha não só a mente, mas também a saúde física. 

 O Graffiti é a arte plástica que manifesta-se nas ruas. Como forma de protesto, foi muito criminalizada em sua origem, ainda é hoje. Pode ser subdividido em uma série de estilos. Na América Latina sofreu influência do muralismo. 

 O MCing é um elemento comum a outras culturas que carregam a mesma origem. 

No Hip Hop é materializado no MC, Mestre de Cerimônias, que carrega a missão de transmitir através da música falada mensagens que têm como fins elevar a auto estima da população oprimida, denunciar problemas sociais, transmitir sentimentos, da alegria à dor e diversos outros tipos de mensagens. O padrinho do Hip Hop, Afrika Bambaataa, fundador da Zulu Nation, foi o responsável pela introdução do que é considerado o quinto elemento: o conhecimento.

 Com o lema de “paz, amor, união e diversão” esta organização promoveu o apaziguamento de várias disputas de gangues dos guettos estadunidenses. Naquele período surgiram as batalhas de break dancing e de MC’s, que substituíram o conflito armado pela criatividade artística. Esta última modalidade hoje se espalha pelo Brasil. 

 O Hip Hop possui pouco mais de 40 anos, sendo algo muito novo. Porém, sua influência no mundo é gigantesca, sendo responsável por elevar a auto-estima da juventude periférica, principalmente não-branca, de bairros e quebradas do mundo todo. 

Um de seus produtos, o rap, é considerado por pesquisadores o ritmo mais ouvido e influente no mundo. 

Está presente em diversos países, abrindo caminhos para sectores marginalizados da sociedade através da cultura. Apesar da constante mercantilização de seus elementos, que leva à separação destes, o Hip Hop renova-se constantemente, mostrando uma incrível capacidade de opor-se à indústria cultural e fazer trabalhar mentes e corações até então desacreditadas. Viva o Hip Hop! 





 Créditos: Elber Almeida

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